O medo da incompreensão

Uma página em branco. Um céu nublado. Pensamentos confusos. Sentimentos prontos a explodir. Crianças brincando, rindo. Jovens começando a entender a vida, e uma jovem velha que aparenta entender tanto, mas na verdade nada entende. Um olhar. O que queria ver? O mar e toda sua imensidão, junto com sua calmaria, mesmo nos dias mais agitados. Vontade de falar tudo o que sente, tudo o que pensa. Medo da incompreensão, mesmo dizendo que não liga para a opinião dos outros... mas o problema não é a opinião, é se vão lhe entender ou não. A sua sinceridade nas palavras às vezes é vista como uma arrogância, e esse é o ponto de toda a questão. É isso que a faz ver um horizonte onde não tem, buscar uma calma que não existe.

Os versos dançam

Há músicas que quando escutamos dizemos que foram feitas para nós, que é nossa.
Música de verdade é aquela em que as palavras não são lidas por nós, mas sim quando somos lidos por elas.
Alguns versos dançam fora de forma no poema, mas dentro do corpo do parasita que o abriga, dançam como verdadeiros dançarinos. 
O parasita? Eu, você, nós.

Escrever

Diretamente ou indiretamente sempre escrevemos para alguém, sempre temos um alvo, nem que sejamos nós mesmos, tentando entender ou acreditar.
Hoje escrevo pra mim, e sei que sou a pessoa mais estranha que conheço.

#IngridToscano